terça-feira, setembro 12, 2006

Otoridades competentes(sic) II:

Eleição, no meu Brasil, é uma... festa, uma farra (eu disse farra, sem "s" algum). Já tentou olhar para os lados, na hora de atravessar um cruzamento, numa esquina repleta de bandeiras?
E os cavaletes com propaganda dos, ufa!, parlamentáveis (pago sua parte em direito autoral, Aldir) obstruindo o caminho e a visão em canteiros centrais e esquinas também?
Santinhos (só pode ser ironia...) sujam as calçadas aqui e acolá.
Fiscalização? Tão farta quanto as promessas cumpridas depois de realizado o pleito.
Ah, dona Teresinha, vai ser sábia assim!

segunda-feira, setembro 11, 2006

Otoridades competentes(sic):

Cadiquê motoqueiro pode andar na contramão, fazer conversão proibida, ultrapassar pela direita, ziguezaguear por aí, danificar o patrimônio alheio, retrovisores, pinturas e o escambau, avançar sinal, tudo mais e ainda ocupar trocentas vagas de estacionamento rotativo de graça, sendo que, nós, (cada vez mais) pobres contribuintes, pagamos a mesma baba(quice) por cinco minutos ou cinco horas? E pode fazer tudo isso ainda sem ser importunado pelos agentes(sic) da lei?

terça-feira, setembro 05, 2006

Manhã

Sei não, mas hoje acordei com uma odilonzeira...
Ao velho Quincas, que não era Joaquim.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Zuzu

Vale a pena ver. Deve estar passando numa sala perto de você, ou mesmo, disponível na locadora da esquina.
O filme é muito feliz ao retratar uma das épocas mais tristes do país -que, atualmente, parece-me não menos infeliz. O filme sofre de um dos grandes males do cinema brasileiro, a interpretação. Até a ótima Patrícia Pillar tem seus momentos de jogral. Mas há algo espetacular: a trilha sonora de Cristóvão Bastos. Nota dez.
Zero para o público. No fim, na hora dos letreiros, o piano super-sensível de mestre Cristóvão faz uma belíssima introdução, para o Chico cantar uma versão emocionada de Angélica. É a síntese da história. De arrepiar. De paralisar. Mas não. O pessoal começa a se levantar e vai embora. Triste.

A letra está aqui:
  • Angélica
  • domingo, setembro 03, 2006

    Sabedoria

    Certa está a dona Teresinha, a Neném da Saquita. Contra o voto nulo, ela se rendeu nessa eleição. Perguntada:
    -Mas a senhora sempre disse que existem candidatos honestos para serem votados...?
    Respondeu:
    -É que eu não quero desencaminhar ninguém...

    sexta-feira, setembro 01, 2006

    Spam do bem! Faça a sua parte! Jogue no ventilador!!

    Bolô-Fedex - CARTA DE ALDIR BLANC PARA ACM
    Amigos:
    Estou enviando minha crônica em resposta ao senador ACM que me chamou de "canalha".
    Não foi possível publicá-la, mas faço questão que ela seja lida pelo maior
    número possível de pessoas.
    Por favor, colaborem.
    Abraços
    Aldir Blanc


    Leva, meu samba, meu mensageiro, esse recado...

    O Sena-Sênior ACM, vulgo Malvadeza, me acusou de ser “um elemento lulista infiltrado” no JB. E concluiu seu arrazoado (?) me chamando de canalha.

    Senadô-Skindô, por mais que eu viva nenhum elogio me trará orgulho maior do que ser chamado de canalha por V. Excrescência. Quem lê minha coluna sabe que o pau canta à direita, à esquerda e, claro, no centro, com igual prodigalidade. Espero que a grande famiglia pefelista já tenha providenciado junta médica competente para lubrificar os parafusos do Cacicão. A julgar pelas suas mais recentes declarações, as encrencagens, desculpem, engrenagens, estão precisando de uma lubrificada urgente: ginkgo biloba, piracetan, talvez um viagrinha... O senador, craque em prestidigitação, mais uma vez misturou as bolas: combatividade é muito diferente de baba paranóica escorrendo gravata parlamentável abaixo.

    A ojeriza é mútua. Estou farto de maquiavelhos de fraldão deitando regras. Toda essa mixórdia envolvendo valeriodutos, mensaleiros, sanguessugas e saúvas, começa com políticos da sua estirpe. O mecanismo é manjado. Se as denúncias favorecerem meu partido, palmas, vamos apurar. Agora, se a canoa virar, o denunciante passa a bandido e fim de papo, vai ser preciso buscar a propina em outro guichê. A máscara-de-pau que descrevo acima é suprapartidária. Os que não a exibem são as exceções que confirmam as regras vigentes. Quando as regras rompem os diques e escorrem periferia abaixo, não há Lembo Pétala-Macia que evite derramamento de sangue - na maioria dos casos, inocente. Mas o meu negócio não é discurso, é galhofa. Já que falei em bolas misturadas... Dizem que um velho político pefelista, preocupado com as más performances nos palanques, procurou um médico, antigo cupincha de castelo e carteado.

    - Tô com um problema, num sabe? Bem na... plataforma de lançamento.

    - Hein?

    - Pois é. Gases. Uma coisa impressionante. Além das explosões e dos odores, tem hora que chego a levitar. Uma assessora já foi arremessada contra meu contador de caixa 2. Estão hospitalizados. Isso não pode continuar.

    O amigo explicou que aquela não era a especialidade dele, mas que pensaria no assunto, conversaria com colegas renomados, faria até pesquisa na internet.

    No comício seguinte, o esculápio apareceu com um vidro misterioso, sem rótulo, e entregou ao político:

    - É pra...

    Mas o tumulto, o puxa-saquismo, os vivas, a euforia bem remunerada impediram a necessária e urgente troca de informações. Cerca de meia hora depois, o SSJE (Secretário para Superfaturamento Junto a Empreiteiras) agarrou o ilustre médico pelo paletó.

    - Corre que o Chefe tá pegando fogo nas... nas partes baixas.

    - O quê?!?

    O socorrista encontrou o parlamentável feito um bebê, sem calças, com uma brutal reação alérgica na proa da região pélvica.

    - Mas... Eu mandei você beber a poção e você esfregou nos...

    - No calor da luta política, eu confundi peido público com pêlo púbico.
    Aldir Blanc